Tinha escrito um texto bonito criticando a arrogância dos jogadores de RPG entre si e com os novatos no hobby, mas o maldito browser da faculdade (Internet Explorer 6) acabou sumindo com o catotão de texto - e para variar o rascunho salvo tinha sido a página em branco.
Então desanimei.
Vou comentar de outra coisa, eu e a Monna Cleide reunímos os membros do nosso clã do Ragnarök Online, a Chama Prateada para montar um site para o clã. Com o intuito de criar uma ponte de comunicação entre os membros, criou-se um blog, o Projeto Chama Prateada.com .
Sem contar que estou com outros projetos, pois o mês de outubro é sempre um dos mais apertados, já que a maioria dos meus professores da faculdade começa as provas entre meados de outubro e novembro, fora um projeto jornalístico por fora que estou fazendo para melhorar o meu currículo e a campanha de AD&D 2ª edição que tenho mestrado tem me tomado muito do tempo para eu pensar em algo para o blog.
Pois uma coisa que não quero fazer é ficar falando de coisas que eu e meia dúzia de fulaninhos aprecia. Acho importante expandir um pouco do conteúdo do blog para várias pessoas de diversos gostos.
Então vou aproveitar a data e deixar uma recomendação de filme para vocês curtirem no dia das Bruxas: Count Yorga.
Eu acho que ela está tendo um orgasmo, olha a cara da mulher!
Conde Yorga é um filme dos anos 70, feito no embalo dos filmes de Drácula de Cristopher Lee - mas engana-se que é apenas uma cópia oportunista. Pelo contrário, os elementos clássicos a filmes de vampiro estão lá - mas com diferenciais.
A começar pelo conde ser menos monstruoso e alienígena que o Lorde da Transilvânia. Yorga tem uma postura sociável, como se fosse apenas um velho exêntrico e galanteador. Realiza sessões de comunicação com os mortos em mesas redondas (estilo espiritismo, saca?) e seduz as moças com um bom papo, reforçado com seus poderes vampíricos de influência sobre os mortais.
Talvez o filme tenha tantos diferenciais pelo fato de inicialmente ter sido elaborado como um filme pornô leve chamado The Lovers of Count Yorga (Os Amores do Conde Yorga), mas aí decidiram tornar o filme como horror mesmo. Minha opinião? Deu certo.
Yorga vacila em alguns pontos: precisava colocar uma capa e um terninho estilo Bela Lugosi no vampirão? Para quem não sabe, Bela Lugosi foi o ator que consagrou Drácula nas telonas em 1931. Ele eternizou a imagem do vampiro de cabelo lambido, terno e capa, figurino que Christopher Lee e Robert Quarry também usam em seus filmes.
Bela Lugosi em Drácula (1931)
Cristopher Lee em Drácula (1958)
Robert Quarry em Count Yorga (1970)
E porque ele tem de ter um capanga feio e desdentado? Não achei a foto do indivíduo, mas poxa, o cara faz o Zina do Pânico parecer galã de cinema!
Achou que eu ia colocar "RONALDO!" aqui né? Se ferrou!
A atuação dos demais atores não são das melhores - mas tão dentro do padrão da média dos filmes de horror B dos anos 70. Parece até que estão fazendo teatro ou coisa assim. Sei lá, fica esquisito demais.
É um filme velho e datado, cheio de problemas, eu sei, mas ainda assim, achei impressionante. Especialmente a cena em que uma das moças mordidas pelo Yorga ataca um... gato!
EITA PREULA! Isso sim é chutar o balde!
Deixo para vocês as informações sobre este filme no IMBD: http://www.imdb.com/title/tt0066952/
Liefeld rindo à toa! Também pudera? Vende e produz mais que Alan Moore!
Uma coisa interessante sobre o ser humano é a capacidade inata para adotar "verdades absolutas".
Certas coisas são tão marteladas em nossas cabeças que jamais suporemos que alguém vai pensar diferente, afinal é natural que as coisas sejam daquele jeito que aprendemos - só um louco ou peverso que se atreveria a sequer cogitar uma contestação de uma idéia pré-estabelecida.
Contudo, o Sol da Meia Noite, em um compromisso com seus leitores, atreve-se a chacoalhar essa barreira intelectual que assola como uma praga a mente dos milhares de interneteiros no Brasil e no mundo.
Afinal de contas, vou tocar em um ponto muito delicdado, incômodo, uma verdadeira ferida com pus: Rob Liefeld.
Sendo curto e grosso: Rob Liefeld é um exemplo a ser seguido por qualquer artista do ramo, não só quadrinheiro, mas sim de qualquer área.
Não, você não leu errado. Contenha sua torcida de nariz, risadinhas irônicas e revolta.
Ótimo, agora, vamos lá.
Traçando um perfil do sujeito, Liefeld, com seu traço "peculiar", começou na DC, de lá foi para a Marvel, depois foi para a Image Comics em 1992, como co-fundador ao lado de Jim Lee, Todd McFarlane, Erik Larsen, Whilce Portacio, Jim Valentino e Marc Silvestri. Cada um deles fundou um estúdio sobre o selo da Image, o de Liefeld era Extreme Studios. A partir daí foi uma dança das cadeiras: ora fazia trabalho próprio, ora rabiscava e escrevia alguma coisa para a Marvel. Durante um tempo, publicou independentemente. Depois retornou à Image.
Em sumo: a carreira de Liefeld é a mesma de inúmeros artistas da imensa indústria de quadrinhos americana. Até mesmo nas inúmeras polêmicas e saias justas. O que tem de mais? O que gera tanto bafafá sobre o Liefeld a tal ponto de Ryan Coons, um fã, ir até a WizardWorldChicago e "exigir desculpas" pela "atrocidade" que o artista fez ao Capitão América, "seu personagem favorito"?
Capitão América por Liefeld.
A verdade, meus amigos é que Rob Liefeld incomoda os nerds intelectualóides.
Mas como incomoda?
Pelo seu traço, considerado "ruim" para essa gente?
Pelo seu roteiro, considerado simplista?
Por copiar imagens de outros artistas e vender quase sempre a mesma coisa?
A resposta é NÃO.
Liefeld incomoda porque ele vende. Vende muito, mas muito mesmo. É um dos artistas mais bem sucedidos, atrás apenas de Stan Lee, que possui enorme respeito ao Liefeld (apesar das polêmicas). Foi o criador de Deadpool, considerado um personagem controverso, mas muito cultuado, no mundo dos quadrinhos.Tá, Youngblood, o primeiro título da Image que Liefeld criou e adotou como carro chefe, é considerado cópia dos X-Men, mas e daí? Se vende, pau na máquina! Produz!
É isso que importa: vender, produzir, ser lido! Só assim um artista se sustenta!
Liefeld faz histórias que agradam o leitor médio de quadrinhos. Ele escreve pro povão, pra massa - e fatura rios de dinheiro com isso. O fato de estar no mercado à MAIS DE VINTE ANOS - um marco se tratando de um segmento do entretenimento característico por sua constante renovação (basta só ver o quão rápido fica datado os artistas, caindo no esquecimento, e, por conseqüencia criando escolas de desenho) é prova de que ele está no caminho certo, que o que ele faz FUNCIONA e é LUCRATIVO.
Seria de esperar que um cidadão como esse fosse considerado um "deus" das HQ, afinal de contas ele vende muito, tem inúmeros trabalhos encabeceando Top Tens da vida, criou personagens inesquecíveis...
Deadpool, um dos maiores ícones da Marvel. Obra de Liefeld - mas ninguém lembra quando fala mal do cara!
Mas a verdade é bem outra. Como assim?
Vou resumir com duas frases.
O fã doente de quadrinhos ojeriza Liefeld!
Mas compra Liefeld!
Pera lá, os caras não gostam - MAS COMPRAM MESMO ASSIM? O que é isso? Sadomasoquismo?
Talvez.
Alegam que "não podem ficar com buracos em suas coleções". Verdade, concordo com isso - mas se tem o Liefeld na capa e você não gosta, não compre - ou você quer ter um "gibi deformado" em sua coleção? Melhor amargar esta "perda" do que dá dinheiro a um cara que produz o que você não gosta!
Não tem desse papo que dizem aí que "existe um sistema que te obriga a comprar revistas do Liefeld". Babaquice da grossa, é a mesma esparrela das "máfias que perseguem cruelmente o quadrinho nacional". Não tem esse papo de "sistema", "máfia" ou coisa que o valha: o cara é bom no que faz, tem muito editor batendo na porta dele, doido para publicar o trabalho do sujeito.
O que dói nessa gente mesmo é o fato que Liefeld produz pro povão. Liefeld escreve para o leitor médio, produz para o leitor médio e vende (e como!) para o leitor médio. Ele pouco se lixa para a nerdaiada aburguesada que acha que gibi é formatão capa dura, custando R$ 90,00. O que ele quer é vender, vender e vender! Porque ele gosta de dinheiro! Dinheiro é muito bom, faz ele por o pão na mesa e continuar a tocar o seu trabalho, mantendo-se produtivo e jamais esquecido.
Pois o mercado de quadrinhos (e de entretenimento no geral) é PURO COMÉRCIO! Essa é a verdade! Grana é o que conta! Stan Lee pensa primeiro em sua carteira antes de fazer qualquer coisa! E é por isso que ele sempre está se renovando, sempre atento ao mercado, sempre pronto a mandar bem para seus leitores. É assim que a máquina gira. Sem dinheiro, Alan Moore JAMAIS teria feito MIRACLEMAN e WATCHMEN. Não se iluda! Só mesmo os nerds intelectualóides que acreditam que Stan Leefaz tudo aquilo por altruísmo...
Mas, bem, vamos analisar então as tais "razões de odiar o Liefeld" - e porque elas são tão estúpidas:
Seu traço é digamos, único: Muitos criticam seu traço, dizendo que é feio, torto, desproporcional, horrível, com pernas tortas, mulheres elásticas e arcadas de trocentos dentes . Mas há quem goste. E, levando a quantidade de vendas desse rapaz, creio que são muitos. Depreciar Liefeld e qualquer outro artista tão unicamente por seu traço é burro, pois você desconsidera todo o resto e não vê a obra como um todo.
Liefeld copia personagens e idéias: Tá, a chapinhação de diversos personagens que ele fez, especialmente com os Youngblood não é exatamente uma qualidade criativa. Mas ele é um cara esperto. E nesse meio você tem de ser malandro: ele viu o que dá dinheiro e fez. Ou você pensa que o Stan Lee NÃO fez isso? Ou Bob Kane (autor do Batman)? Não existe esse papo de "original". Os heróis de quadrinhos começaram a ser produzidos lá para idos de 1920-1930, pegando carona nos livrinhos "pulp" dos "homens de mistério". Se toca galera!
Liefeld fodeu com personagens queridos: Quase sempre entram com aquela foto famosa do Capeitão América. Isso inclusive foi uma das causas do showzinho de Ryan Coons na WizardWorldChicago. Mas convenientemente esqueçem dos "cabeças" da Marvel, que, espertos como eles são, notaram que o estilo da Image estava descendo um pau nas vendas da empresa. Nada mais lógico que fazer uma reformulação e se adequar aos novos tempos! Então convocaram Jim Lee e Rob Liefeld para dar aquele "trato" e alavancar as vendas da Marvel Comics - que estava a beira da falência em 1996. É muito simplista jogar toda a culpa no Liefeld por "aquilo".
Enfim, como puderam perceber, o ódio por Liefeld é uma besteira infundada, quase uma canção, um idealismo, uma marca registrada do fã acéfalo de HQ's. Se você não odeia o Liefeld você não pode ser considerado um fã! Não entende nada de quadrinhos! E os fãs, imbecis como sempre, seguem estas máximas como gado, zumbis lobotomizados - pois, os ditos fãs de quadrinhos aqui no Brasil, esquecem como isso tudo começou: quando a Image chegou aqui em 1996-1997. Como a Image Comics era, na verdade um grupo de estúdios relativamente independentes, cada contrato era assinado individualmente.
Com a disputa tapa-a-tapa das duas grandes editoras de quadrinhos da época: Globo e Editora Abril, rolou algo inusitado: uma parte ficou com a Abril e a outra com a Globo.
A Abril ficou com Youngblood e Spawn. A Globo com as coisas da Top Cow e Wildstorm além de começar a publicar a revista especializada em notícias no mundo dos quadrinhos (ela mesma) chamada Wizards.
Wizards Brasil - Aqui começou essa aporrinhação com o Liefeld.
Inicialmente muita gente no Brasil curtia o traço do sujeito. Mas bastou a Wizards começar a pegar no pé do cara - bem como outras revistas também começaram a fazer. Surgiu piadinhas em sessões de cartas, como orações contra o Liefeld, comentários pra lá de tendenciosos - e voilá! Lavagem cerebral feita - todo mundo odeia Liefeld da noite pro dia!
O Liefeld pode ter todos os erros do mundo. Pode desenhar mal, escrever mal, se apropiar de idéias alheias.
Obama no Youngblood!!!
Mas ele é lido, produz muito, vende muito. E as pessoas parecem não conseguir esquecê-lo.
Amam odiar Liefeld.
Tanto ódio só pode ser amor.
Afinal, quem não gosta, não compra!
Então, só resta dizer a essa cambada de gente desocupada parar de mentir e assumir seu amor pelo Liefeld.
Velta em uma das raras ocasiões que foi publicada profissionalmente.
Eu sei, prometi a resenha da Velta na minha próxima postagem, mas não deu gente.
Simplesmente, não deu. Problemas pessoais, apenas isso posso dizer. Mas, bem, esta é a próxima postagem e bom, acho que tu já entendeu.
Não que Velta preste para alguma coisa.
Na verdade não presta para NADA.
O desenho é porco, falho e datado, as personagens tem o carisma e a personalidade de uma maçaneta e o texto é completamente sem noção.
A caracterização é a mesma dos anos 70, Emir Ribeiro, o criador desta "obra", não se renova - ou não vê necessidade de se renovar. O traço dele não funciona mais - mas o calango insiste em empurrar mulher desconjuntada de 2,10m que solta RAIOS PELO ÂNUS para o leitor. Não há lançamentos pela internet ou busca por mídias alternativas: aparentemente o camarada vive de vender fanzines. E ele está na casa dos sessenta anos de idade.
Não existe periodicidade em sua publicação, sai "quando dá" e "quando pode". Seriedade profissional, pesquisa, estudo e texto, muito texto, o que realmente importa em qualquer trabalho, não existe.
E quem sai perdendo é o leitor.
Emir Ribeiro voceifera contra o quadrinho internacional, clamando ser eles o culpado por seu fracasso. No link, Emir afirma categoricamente que os gringos enviam "pessoas" para ameaçar quem coloca na banca quadrinhos nacionais. Em um texto claramente panfletário e denuncista, o "mestre" afirma que suas revistas "vendiam muito" mas depois de pressões "externas" os jornaleiros tiravam os exemplares de heróis nacionais - incluindo Velta - das prateleiras.
Teoria da conspiração pura! Sinto muito roteiristas do Arquivo X, vocês foram jogados para o segundo lugar.
Vê-se muita apologia à pedofilia nos quadrinhos japoneses. Não os leio porque não são minha praia. Mas quem leu já comentou sobre cenas onde aparecem menininhas com roupas de colegiais, sempre sofrendo e chorando durante os encontros amorosos, que inclusive incluem estupros e sado-masoquismo. Isso sim é prejudicial. Especialmente porque o mangá e o tal hentai é bastante lido pela população mais jovem, e a estes, assim, será passada a idéia de sexo com sofrimento, violência, angústia e... pedofilia.
Aí você já nota o senso do camarada. Ele diz que não lê, porque não é a praia dele e o que ele ouviu foi de outros que lhe fizeram "comentários" - mas mesmo assim, apenas com base no chutômetro, achismo e baseado tão unicamente em seus gostos pessoais, ele se acha capacitado em comentar e julgar sobre as tais "cenas" nos mangás e "o tal Hentai".
O texto acima, além do ranço, rancor, prenconceito e estupidez, caracteriza-se por um imenso conservadorismo moral. Até aí, tudo bem, eu também não concordo com relações sexuais com crianças e isso rola mesmo em alguns Hentai, como aqueles Lolicon da vida - mas é curioso Emir Ribeiro lamentar-se um parágrafo acima de queVelta sofre "perseguições" por sua "sensualidade" e que sempre foi feito "direcionada ao público adulto" - sendo que os tais "Hentai" SÃO DIRECIONADOS A UM PÚBLICO ADULTO - e (teoricamente) o público infanto-juvenil também teria acesso as HQ's da Velta - ou seja, não passou de mais um ataque preconceituoso e animefóbico de Emir Ribeiro aos Mangá e Anime.
Mas que adolescente vai ler Velta? Se nem é publicada decentemente e periodicamente? Velta sequer se comunica com os "leitores adultos" de hoje! Ela ficou parada nos anos 70 - seu ano de publicação.
Bom, as "técnicas" de Emir não tem nada de inovador, seguindo o mesmo esquemão de tantos outros desenhistas - incluindo o plágio. Emir chupinha imagens dos quadrinhos gringos e nacionais e as utiliza. Até aí, nada de mais, Naruto faz isso, Gintama faz isso - o sistemão tem prazos exepcionalmente curtos e tudo se salva se você tiver uma excelente história - coisa que Velta, na minha modesta opinião, não tem.
Confira você mesmo:
Emir Ribeiro, um exemplo de originalidade!
Suzana Alves é gostosa, então deixa quieto!
O que questiono no Emir não é ele chapinhar - mas sim, que ele chora demais dizendo que sofre com "máfias" dos gringos mas não hesita em usar dos mesmos recursos deles. É o sujo falando do mal lavado.
Sobre a personagem em si, não há muito o que comentar: Kátia Maria Faria Lins, uma paraibana de 18 anos encontra um alienígena que sofre um acidente de disco voador e cai perto de sua casa. Aí o alienígena deu a garota o poder de se transformar em uma fêmea da raça oposta à dele para infiltrar-se e lutar em uma guerra no espaço. Velta venceu esta guerra e retornou à sua casa, onde passou a agir como detetive para faturar uns bons trocados, junto com seu namorado.
Detalhe: o cara tá louco de pedra para comer a Velta, mas esta, a despeito de transformar-se em uma loura de 2,10m de altura com uma bunda imensa e andar só de biquúni cavado na bunda, só libera se casar. Então, para manter o selinho, só manda ver no sexo anal.
E segundo entrevista com o "mestre" Emir Ribeiro, isso está longe de acontecer (ainda mais com a peridiocidade das histórias):
7) Velta é virgem mesmo ?
R) Até o momento, sim. Pelo menos em parte, porque na edição dos 25 anos de Velta (de 1998), alguém convenceu-a a experimentar um certa variação. Eu nunca quis fazer da Velta uma mulher volúvel e promíscua, primeiro porque seria meio difícil, dado ao pai que ela tem. E depois, porque prefiro seguir a minha idéia inicial, quando a criei: uma mulher provocante e sensual, que adora ser vista e se exibir, mas que se mantém dentro de uma certa linha de castidade. É claro que isso não será para sempre, mas por enquanto...
É... Mas com aquela bunda... aliás, bunda é o que não falta! As histórias são cheias de bundas para cima e para baixo. O pessoal adora um bundão, verdade?
Então, tome-lhe bunda!
Sente o "volume" traseiro - e dianteiro - do Travesti Doroti.
Alguém notou que o peito dela parece mais uma verruga gigante?
Juro que pensei que ela tava cagando.
Quando é Velta, é "quadrinho adulto". Agora, quando é Hentai, é algo "acessível a jovens". Seeeiii...
Velta tem enorme potêncial como paródia, comédia, estilo aqueles seriados dos anos 70 que passa volta e meia na TV à Cabo. Se Emir investisse mais nesse lado cômico, Velta poderia ter um pouco mais de exposição - mas não. Ele faz tudo sério.
Entre outros personagens, temos Doroti, a travesti que mija ácido. Fátima a mulata mutante (sim, trocadilho infame) e mais uma meia dúzia de pessoas que nem lembro de tão expressivos que são.
Em suma, uma doideira sem tamanho que você não entende absolutamente nada.
Doroti mandando ver na mijada ácida!
Pessoal da FUBRAPE fazendo pose pra foto!
Emir Ribeiro escreve tudo buscando uma história séria, com temas sérios e personagens verossímeis - mas falha ridiculamente. Porque, primeiro, ninguém leva a sério uma loura de 2,10m de altura que solta raios pelos olhos, pelas tetas e pelo cu. Isso mesmo, pelo cu! Velta tem esse poder, confirmado por Emir Ribeiro em entrevista:
9) Velta emite raios pela vagina ? R) Sim. Qualquer parte de seu corpo emite rajadas. Porém, os raios saem mais fortes pelas parte que possuem pontas, como dedos de mãos e pés e mamilos. E em termos de precisão em atingir o alvo, os que saem pelos olhos são imbatíveis.
Juro para vocês que procurei tal cena na internet (mesmo porque não vou dar meu suado dinheiro para o E.R.) mas não encontrei. Pena.
Emir Ribeiro afirma que "Velta é baseado na mulher brasileira", mas parece desconhecer o país que vive. Pois ele colocou neve nas montanhas da Paraíaba, como pode ser visto aqui: Reparem nas montanhas nevadas!
Sério. Neve nas montanhas da Paraíba. Ainda se fosse os altiplanos Andinos - mas não.
E olha que ele escreve a história de um chefe índio, o Itabira - que ele afirma cair de boca nos estudos do Brasil colonial e panz para escrever "boas histórias".
Mas aí eu vejo o Índio sarado...
Índio quer apito, se não der pau vai comer!
Itabira, índio sarado com peitoral definido! Igual a todos os índios do Brasil!
Índios iguais a este: Márcio Garcia, como Peri no filme-bomba O Guarani (1996).
Será que Peri é da tribo do Itabira? Pelo menos o peitoral é parecido. Talvez o pessoal que fez o filme "O Guarani" tenham lido um exemplar de Itabira e levaram a sério, vai saber né?
Emir Ribeiro, acreditem se quiser, já trabalhou nos EUA que ele tanto esbraveja contra em seus textos panfletários no CQB, como um "desenhista fantasma" do Mike Deodato. Desenhou pro Mike Deodato, trabalhou pro Mike Deodato e quem levou os tubos foi - Mike Deodato. Normal - desde que se tratasse de um iniciante em começo de carreira e não um veterano sexagenário como Emir.
Mas essa doideira não durou muito - Emir Ribeiro teve problema com prazos e demais exigências de profissional sério e o pessoal lá fora não curtiu muito suas histórias (porque será?) e ele voltou de mala e cuia pro Brasil, voltando a seu mundinho de publicações quinquenais.
Também já fez dando curso de desenho em uma publicação, "ensinando" a desenhar... mulheres.
Confere só! Emir e sua louraça!
Eu poderia continuar mais, mas tem tanta coisa ruim que vou parar aqui mesmo. Se quiser conferir mais, segue os links:
Gosto muito de quadrinhos, leio-os desde criança. Lembro-me quando era pirralho, na casa da governanta que temos há mais de vinte anos, o marido dela tinha uma renca de gibis da Marvel e DC. E olha que eles ganhavam salário mínimo – ou até menos.
Agora não vejo nada além de Disney, um punhado de publicações menores, porcas demais para sustentar-se por si próprias, e a Turma da Mônica, tanto o normal quanto o Jovem e Luluzinha Teen. Se quero ler um Homem Aranha, terei de morrer em uma grana de dez, vinte, trinta, quarenta ou cem reais. Duvido que o marido da governanta possa comprar um Marvel ou DC hoje.
Ou seja, a HQ virou diversão para os endinheirados. Filhinhos de papai cheios de grana, que torram a do velho ou de garotões em empregos bem remunerados que possam arcar com tais despesas. Não há mais o formatinho que, perdoe-me os viciados, era uma alternativa fácil e barata, apesar das tesouradas, cortes e mudanças de todos os tipos.
E os nossos autores nacionais?
Aliás, EXISTE autor nacional? Fora Laerte, Ziraldo,Ota, Maurício de Souza e Angeli, você conhece mais algum?
Conhece Emir Ribeiro, Rod Gonzalez, Roberto Guedes, Carlos Henrique, Gabriel Rocha, Lorde Lobo, Linc Nery – você aí, sabe quem são eles?
Você não sabe absolutamente nada! Nem sabia que existia a Central de Quadrinhos Brasileiros (CQB)! Não adianta negar, tu nem sabe dessa trolha! Eu mesmo não sabia! Só fui saber porque um amigo meu chegou e falou “dá uma olhada nesse site”. E não gostei nem um pouco do que vi.
Sabe porque você não os conhece? Porque os cidadãos acima não estão interessados em agradar VOCÊ, leitor! Eles querem é fazer coisa pros “amigos”, pra panelinha, pro grupinho. Tipo “Cho ver teu trabalhim? Ai, qui bunitinho! COMENTA O MEU?”. Aí, a criatura, toda feliz com o elogio, puxa o saco, mesmo que esteja um cocô com pérolas do tipo “Nooussa, que trabalho fofo! Adorei a tua história”.
Ninguém tem coragem de apontar os erros, de dizer “TÁ RUIM”, porque não quer perder o “amiguinho”. Aí se reúnem no meio antro facista pseudo-nacionalista (pseudo mesmo, porque eles desenham COMO OS GRINGOS – mas clamam ser nacionalistas, vê se pode...), a Central de Quadrinhos Brasileiros para ficar dizendo que são sabotados por máfias, que os gringos copiam, roubam nossas idéias, vivem de expropriar nossas ricas produções e ainda tem a cara de pau de dizer VIVA O ORIGINAL.
Em suma, um muro de lamentações.
Original o que gente? Foram os americanos que inventaram o atual jeito de contar quadrinhos. Eles levam vantagem nisso, é como a Costa Rica tentar a Copa do Mundo – pode até conseguir algo, mas o mais provável é ser eliminada nas Quartas de Final – isso se chegar lá!
O pior é que eles acusam muito – mas não tem provas DOCUMENTADAS de nada. O princípio básico da acusação é a prova.
A CQB não tem sequer esta capacidade!
Um bando de gente iludida, com a cabeça enfiada na caixa, achando que cagam bombom quando não peidam nem jujuba! Eu quero as PROVAS das ACUSAÇÕES de plágio da CQB. Disponho-me a divulga-las no Blog, se me mostrar tudo documentadinho direitinho, preto no branco. Não vale copia e cola de internet e nem depoimento fajuto: quero coisa real, que eu possa TOCAR e ler com meus olhos!
O interessante disso tudo é que HQ, Mangá e derivados são PRODUTOS, ENTRETENIMENTO, COMÉRCIO. O Homem Aranha é, antes de tudo, um PRODUTO DA MARVEL. Vocês acham que o Stan Lee só faz o que gosta? NECAS! Ele faz o que o LEITOR gosta. O grande lance é que o SL casa o que ele gosta com o que o leitor curte. Para isso, ele abre mão de certas coisas para colocar outras – mesmo que ele não goste ou mesmo odeie. Acima de tudo, a máxima O CLIENTE SEMPRE TEM RAZÃO vale, pelo menos no ambiente das HQ's. Porque se você não vende, não é LIDO e nem conhecido, sua história em quadrinhos, não é boa.
Mas, para esse pessoal, o grande barato não é atender as necessidades do público alvo. Negócio bom mesmo é ficar em fotolog repassando imagem, vendendo gibi preto-e-branco ou com um colorido que simplesmente dói os olhos, com um traço velho e feio do cacete que nem os gringos querem, com umas histórias absolutamente horrosas.
Foda-se as necessidades dos leitores! Eu quero mais é aparecer, botar banca de autor fodão, fazendo pose de desenhista "profissa" com a prancheta de desenho!
Se você tiver estômago e coragem, fique de olho no SOL DA MEIA NOITE – porque vamos nos aventurar no bizarro mundo das porcas e malfeitas HQ nacionais! Na próxima postagem, iremos começar com nada mais, nada menos que VELTA - ou o Pagode em gibi, porque o que não falta de bunda ali, meu amigo - mas eu conto no nosso próximo encontro.
Caso você, leitor, não saiba, eu curso Jornalismo desde 2006. E não existe nada mais diverso que o estudante de Jornalismo - nerds, playboys, revolucionários esquerdistas, patricinhas, fanáticos por futebol e outros, em todas as formas, cores, tipos e tamanhos.
Então, um dia no meu primeiro período, eu estava lá, no pátio, em meio a um papo com o pessoal, para conhecer melhor, fazer um social etc. O assunto era as aulas de filosofia. Comentávamos as excentricidades verbais do professor, que tinha um discurso erudito, mas feito de uma maneira muito engraçada, com toda uma atuação para mostrar a nós o mundo de Platão, Sócrates e Aristóteles. Eu gosto muito do cara, pena que ele só dá aula de filosofia, portanto só o peguei no comecinho do curso.
Lá pelas tantas, uma menina comenta a sua opinião acerca da "utilidade das aulas de filosofia":
-O professor viaja muito, eu quero saber quando é que vou começar a aprender a montar um jornal, um programa de televisão, de rádio ou como entrevistar alguém. Acho essas aulas um saco, uma perda de tempo!
Curioso com a brilhante afirmação da estudante, resolvi colocar lenha na fogueira:
-Eu gosto de filosofia, acho maneiro o professor, curto muito as viagens dele.
A menina, diante da resposta, continuou a despejar sua insatisfação com uma brilhante resposta, digna de sua pessoa:
-É, mas eu não gosto! O professor é um babaca e não vejo utilidade nessa aula. Onde vou por Platão na minha matéria jornalística?
Huumm, então tá.
No mês passado (17/06), o Supremo Tribunal Federal (STF), por oito votos a um, revogou a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Com isto, você não precisa mais sentar-se em uma cadeira de faculdade por quatro anos para aprender como ser um jornalista: basta você ser contratado por um veículo de comunicação e pronto.
A lei da obrigatoriedade do diploma data dos tempos da ditadura, até então, os jornalistas não tinham diploma. O Jornalismo era uma atividade de meio período, como um segundo emprego. Não existia uma formação de Facto.
Quando o Brasil caiu na ditadura militar, o governo fez a infame Lei de Imprensa, que foi revogada recentemente. Junto com esta lei, vigorava a exigência do curso superior de Jornalismo para a profissão. Aparentemente, a decisão foi tomada para regulamentar e melhorar a qualidade das publicações - mas o real interesse era o controle da atividade nas mãos dos militares. Temia-se muito que a imprensa, na época, fortemente associada a grupos de Esquerda, pudesse contrariar o regime e manipular a opinião pública contra o governo. É só notar as cláusulas que "proíbe divulgação de segredos nacionais" ou "incitar discórdia sobre leis".
Deixando a história de lado, o regime militar acabou, mas a Lei e a exigência do diploma perpetuou. O Sindicato dos Jornalistas cresceu com a idéia de que "só pode trabalhar em jornal quem tem diploma". De fato, o Brasil é o único país que exige diploma de seus profissionais de jornalismo - com o monitoramento constante do Sindicato, que processa jornais e publicações que contratam jornalistas sem o diploma.
Sou estudante de Jornalismo, a dois períodos de se formar na profissão, e na minha faculdade, não vi o pessoal manisfestar-se contra o fim do diploma. Os professores estão indignadíssimos, com dizeres de como vão permitir pessoas sem formação profissional a veicular informações na grande mídia. Ao mesmo tempo, admitem que os grandes veículos de comunicação tem passado por cima da exigência inúmeras vezes, contratando quem eles consideram competente ou simplesmente mantendo o jornal a estagiários.
Suzana Taveres Blass, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro deu uma palestra na faculdade, dias antes da exigência cair, defendendo ardosamente a manutenção do diploma. Declarou que, sem a exigência, somente as empresas diriam quem é jornalista e quem não é. Que estaríamos nas mãos dos grandes empresários, que poderiam contratar milhares de gente sem formação para lotar redações e tomar o lugar dos jornalistas que estudaram duro para conseguir o canudo, enfim, seria uma calamidade - na opinião dela.
Eu inicialmente também fiquei indignado quando o juiz bateu o martelo. Pensei que tinha jogado meus anos de estudo e esforço na lata de lixo, que o abuso (já grande, pois a rotina em uma redação de jornal é desumana) dos empresários iria aumentar e que a qualidade das publicações impressas, telejornalismo, radialismo e companhia iriam cair mais do que já estão. Enfim, me senti um imbecil por ter investido tempo e dinheiro em estudos que não me levarão a lugar algum.
Mas, passado a histeria do fim do diploma, parei, raciocinei e pensei se de fato, vai acontecer o armagedon jornalístico, com toda sorte de gente trabalhando na mídia aberta, veiculando o que der e vier. Será que vai ser tão ruim assim?
A resposta é SIM e NÃO.
Que o abuso dos donos das empresas de jornal sobre seus empregados é evidente. A rotina de um jornalista é excruciante para ganhar merreca. Devido a imensa demanda de mão de obra, se um reclama, basta ser demitido e colocar outro que, desesperado para trabalhar, vai aceitar ralar o dobro para ganhar metade do seu antecessor. Ou basta entupir a redação de estagiários. Já tem empresa que tá EXIGINDO experiência de estagiários, vê se pode.
Na faculdade, aprendi como se edita, monta e escreve para uma publicação impressa, como a montar programas de Rádio e Televisão, sobre ética profissional, filosofia, economia política e sociologia, tanto a comum como a voltada especificamente para a comunicação. Enfim, melhorei muito a minha bagagem cultural e técnica acerca do trabalho jornalístico - embora eu jamais tenha pisado em uma redação, tenho uma base teórica que ajudaria no meu trabalho. Mais de um dos "sem diploma" comentou que faltou em algum momento da profissão (ou ainda falta) uma base técnica que só as (boas) faculdades e universidades de jornalismo possuem. Em tese (e em APENAS em tese) estarei na vantagem em comparação a um não-formado de mesma experiência profissional do que eu, por ter conhecimentos que só seria possível ter se estivesse empregado em uma editora, no mínimo. Ou seja, o curso de Jornalismo ainda será a grande porta para o mercado.
Convenhamos - muitos dos diplomados que trabalham nas redações não fazem jus ao estudo que tiveram nos cursos de jornalismo. Exemplos não faltam, como o caso Isabela Nardoni, Eloá e o infame Escola Base. Todos estas monstruosidades e desumanidade foram produzidas por jornalistas formados - ou pelo menos regulados pela Lei de Imprensa e pela exigência do diploma. Pelo visto este pessoal acha que aulas como filosofia, sociologia, antropologia e ética deveriam ser um saco. Será que questionaram onde entraria as chatíssimas e improdutivas aulas de filosofia? Onde iriam colocar Platão no Caso Escola Base?
Não há curso de jornalismo que dé jeito na preguiça, descaso, falta de ética e covardia dos maus profissionais. Estas coisas o sujeito traz de casa, ou de berço - embora não seja culpa dos pais que criou e amou esta criança que, quando cresceu, fodeu com os donos de um colégio apenas para vender mais jornais em época de feriado prolongado.
Muitos Jornalistas, como Fernando Gabeira, Nelson Rodriguez, Max Nunes e a dupla Robert Woodward e Carl Bernstein (uma matéria jornalística do Washington Post escrita pelos dois derrubou o Presidente Nixon) não fizeram cursos de Jornalismo, logo sem diploma. Será que o sindicato dos jornalistas pegaria no pé de Wood e do Bern só porque eles não tem o canudo a despeito de seus feitos que desencadeou o caso Watergate?
Tantos editores como o José Roberto Pereira, que editou as revistas Megaman, Animax, Mad e a Kamikaze nunca fez um único curso de jornalismo. Ele aprendeu na prática, ralando no mercado editorial da banca e da livraria, como ele mesmo disse em seu blog. Não acho que ele realmente precise de um diploma para ser editor e escritor.
Vamos jogar a formação no lixo e acabar com os cursos?
Ou vamos exigir o diploma como requisito básico primal, acima da experiência e competência?
NÃO!
Nada de desespero, de gritaria ou de ofensas a quem defende ou não o diploma. É hora para repensarmos sobre a formação de nossos jornalistas. Acredito sim, que todo profissional da área deva ter formação - mas não especificamente um diploma. Quantos veículos não oferecem cursos para criar bons profissionais (como o da Folha de São Paulo) e tantos outros exigem boa formação (não só em jornalismo, mas em diversas áreas) de seus funcionários. Ao mesmo tempo, acho que todos, em um país democrático, independente da educação que tenham, tem o direito de se expressar da forma que puderem, seja em rádio, TV, jornal ou internet.
Acho que a grande questão do diploma não é ele per se, mas sim, que com o mesmo, parecia ser mais fácil exigir por direitos trabalhistas que o Sindicato tanto quer (e tem razão, tá lá na Constituição). Bem, nesse caso, sinto informar, mas não é um pedaço de papel e uma carteirinha dizendo JORNALISTA que vai trazer algum fruto. Melhor será empenhar-se na luta pelo cumprimento das leis trabalhistas (uma vitória já foi conseguida, foi a do ponto) para que os profissionais possam ter uma vida fora do trabalho. Não acho eficiente obrigar seres humanos a trabalhar dezoito horas por dia para pagar merreca - como acontece nas grandes redações.
Afinal, vivemos em uma Democracia, não? Eu pelo menos, acredito que sim.
Bom, eu tinha um blog antigo (o http://colunadokerd.blogspot.com/), mas este foi para as cucuias por negligência minha e porque eu tinha colocado na minha cabeça que eu não seria organizado o suficiente para tal. Bem, enfrentei a mim mesmo e decidi manter esta joça com uma regularidade aceitável – o mínimo para criar um hábito de atualização constante.
Verdade seja dita: de dois anos para cá, perdi completamente o ânimo de escrever. Não vou ficar caçando motivos, mesmo porque eles não ajudariam a resolver o problema. Até então eu achava o mó barato ficar escrevendo linhas e linhas de fanfics, histórias e aventuras para minhas partidas de RPG com os amigos.
Mas com o tempo perdeu a graça – e o gás de escrever feneceu de verdade quando comecei a trabalhar. Sem vontade alguma de rabiscar e ocupado com outros afazeres, fiquei meses sem emplacar uma fan fiction ou mesmo o projeto de um livro sequer. Obviamente, meu português piorou na mesma proporção porque, bem ou mal, rabiscar com lápis ou computador inúmeras coisas, de fichas de RPG a projetos de contos mantinha o meu português afiado. Ele empobreceu devido a falta de prática – assim como o meu inglês, que está enferrujando por falta de uso, mas isso é assunto para outra hora.
Dei um basta nesse marasmo criativo, que estava me tragando para o limbo. Tudo que eu bolava, pensava, imaginava e concebia estava datado, velho, fedendo a bolor. Quando tentei engatar histórias, vi que estava fazendo mais do mesmo e nada me estimulava. Não conseguia mais divertir ou entreter.
Não conseguia sequer ousar. Estava morrendo criativa e pessoalmente, com tudo ao meu redor desmoronando. O meu clã no Ragnarök, a Chama Prateada, fundado em 2006 e mantido com muita dificuldade quase foi destruído duas vezes. Se não fosse pela determinação dos membros e pela teimosia do escritor desta epístola, a Chama seria mais um desses clãs que aparece, diz “oi” e “tchau”, sem deixar marcas.
o?u para contradizo e quem sera MMO'eixar marcas.p e pessoalmente, com tudo ao meu redor desmoronando. u mesmo o projeto de um
Sei que você não está nem um pouco interessado nesta história toda. Você possivelmente odeia RPG e acha MMO’s uma perda de tempo e quem será eu para contradizê-lo? Por isso, vamos deixar de lenga lenga e partir logo ao que interessa.