quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Foi mal aí! - Resenha da Velta!

Velta em uma das raras ocasiões que foi publicada profissionalmente.

Eu sei, prometi a resenha da Velta na minha próxima postagem, mas não deu gente.

Simplesmente, não deu. Problemas pessoais, apenas isso posso dizer. Mas, bem, esta é a próxima postagem e bom, acho que tu já entendeu.

Não que Velta preste para alguma coisa.

Na verdade não presta para NADA.

O desenho é porco, falho e datado, as personagens tem o carisma e a personalidade de uma maçaneta e o texto é completamente sem noção.

A caracterização é a mesma dos anos 70, Emir Ribeiro, o criador desta "obra", não se renova - ou não vê necessidade de se renovar. O traço dele não funciona mais - mas o calango insiste em empurrar mulher desconjuntada de 2,10m que solta RAIOS PELO ÂNUS para o leitor. Não há lançamentos pela internet ou busca por mídias alternativas: aparentemente o camarada vive de vender fanzines. E ele está na casa dos sessenta anos de idade.

Não existe periodicidade em sua publicação, sai "quando dá" e "quando pode". Seriedade profissional, pesquisa, estudo e texto, muito texto, o que realmente importa em qualquer trabalho, não existe.

E quem sai perdendo é o leitor.

Emir Ribeiro voceifera contra o quadrinho internacional, clamando ser eles o culpado por seu fracasso. No link, Emir afirma categoricamente que os gringos enviam "pessoas" para ameaçar quem coloca na banca quadrinhos nacionais. Em um texto claramente panfletário e denuncista, o "mestre" afirma que suas revistas "vendiam muito" mas depois de pressões "externas" os jornaleiros tiravam os exemplares de heróis nacionais - incluindo Velta - das prateleiras.

Teoria da conspiração pura! Sinto muito roteiristas do Arquivo X, vocês foram jogados para o segundo lugar.

Continuando com suas mágoas, rancores e preconceitos, Emir Ribeiro em um artigo de pedofilia no quadrinho nacional, ele diz que:

Vê-se muita apologia à pedofilia nos quadrinhos japoneses. Não os leio porque não são minha praia. Mas quem leu já comentou sobre cenas onde aparecem menininhas com roupas de colegiais, sempre sofrendo e chorando durante os encontros amorosos, que inclusive incluem estupros e sado-masoquismo. Isso sim é prejudicial. Especialmente porque o mangá e o tal hentai é bastante lido pela população mais jovem, e a estes, assim, será passada a idéia de sexo com sofrimento, violência, angústia e... pedofilia.

Aí você já nota o senso do camarada. Ele diz que não lê, porque não é a praia dele e o que ele ouviu foi de outros que lhe fizeram "comentários" - mas mesmo assim, apenas com base no chutômetro, achismo e baseado tão unicamente em seus gostos pessoais, ele se acha capacitado em comentar e julgar sobre as tais "cenas" nos mangás e "o tal Hentai".

O texto acima, além do ranço, rancor, prenconceito e estupidez, caracteriza-se por um imenso conservadorismo moral. Até aí, tudo bem, eu também não concordo com relações sexuais com crianças e isso rola mesmo em alguns Hentai, como aqueles Lolicon da vida - mas é curioso Emir Ribeiro lamentar-se um parágrafo acima de que Velta sofre "perseguições" por sua "sensualidade" e que sempre foi feito "direcionada ao público adulto" - sendo que os tais "Hentai" SÃO DIRECIONADOS A UM PÚBLICO ADULTO - e (teoricamente) o público infanto-juvenil também teria acesso as HQ's da Velta - ou seja, não passou de mais um ataque preconceituoso e animefóbico de Emir Ribeiro aos Mangá e Anime.

Mas que adolescente vai ler Velta? Se nem é publicada decentemente e periodicamente? Velta sequer se comunica com os "leitores adultos" de hoje! Ela ficou parada nos anos 70 - seu ano de publicação.

Bom, as "técnicas" de Emir não tem nada de inovador, seguindo o mesmo esquemão de tantos outros desenhistas - incluindo o plágio. Emir chupinha imagens dos quadrinhos gringos e nacionais e as utiliza. Até aí, nada de mais, Naruto faz isso, Gintama faz isso - o sistemão tem prazos exepcionalmente curtos e tudo se salva se você tiver uma excelente história - coisa que Velta, na minha modesta opinião, não tem.

Confira você mesmo:


Velta Plágio 2
Emir Ribeiro, um exemplo de originalidade!

Velta Plágio 1
Suzana Alves é gostosa, então deixa quieto!

O que questiono no Emir não é ele chapinhar - mas sim, que ele chora demais dizendo que sofre com "máfias" dos gringos mas não hesita em usar dos mesmos recursos deles. É o sujo falando do mal lavado.

Sobre a personagem em si, não há muito o que comentar: Kátia Maria Faria Lins, uma paraibana de 18 anos encontra um alienígena que sofre um acidente de disco voador e cai perto de sua casa. Aí o alienígena deu a garota o poder de se transformar em uma fêmea da raça oposta à dele para infiltrar-se e lutar em uma guerra no espaço. Velta venceu esta guerra e retornou à sua casa, onde passou a agir como detetive para faturar uns bons trocados, junto com seu namorado.

Detalhe: o cara tá louco de pedra para comer a Velta, mas esta, a despeito de transformar-se em uma loura de 2,10m de altura com uma bunda imensa e andar só de biquúni cavado na bunda, só libera se casar. Então, para manter o selinho, só manda ver no sexo anal.

E segundo entrevista com o "mestre" Emir Ribeiro, isso está longe de acontecer (ainda mais com a peridiocidade das histórias):

7) Velta é virgem mesmo ?

R) Até o momento, sim. Pelo menos em parte, porque na edição dos 25 anos de Velta (de 1998), alguém convenceu-a a experimentar um certa variação. Eu nunca quis fazer da Velta uma mulher volúvel e promíscua, primeiro porque seria meio difícil, dado ao pai que ela tem. E depois, porque prefiro seguir a minha idéia inicial, quando a criei: uma mulher provocante e sensual, que adora ser vista e se exibir, mas que se mantém dentro de uma certa linha de castidade. É claro que isso não será para sempre, mas por enquanto...


É... Mas com aquela bunda... aliás, bunda é o que não falta! As histórias são cheias de bundas para cima e para baixo. O pessoal adora um bundão, verdade?

Então, tome-lhe bunda!

Bunda 2
Sente o "volume" traseiro - e dianteiro - do Travesti Doroti.
Bunda 1

Alguém notou que o peito dela parece mais uma verruga gigante?

Só faltou fazer cocô!
Juro que pensei que ela tava cagando.

Quando é Velta, é "quadrinho adulto". Agora, quando é Hentai, é algo "acessível a jovens". Seeeiii...

Velta tem enorme potêncial como paródia, comédia, estilo aqueles seriados dos anos 70 que passa volta e meia na TV à Cabo. Se Emir investisse mais nesse lado cômico, Velta poderia ter um pouco mais de exposição - mas não. Ele faz tudo sério.

Entre outros personagens, temos Doroti, a travesti que mija ácido. Fátima a mulata mutante (sim, trocadilho infame) e mais uma meia dúzia de pessoas que nem lembro de tão expressivos que são.

Em suma, uma doideira sem tamanho que você não entende absolutamente nada.

Photobucket
Doroti mandando ver na mijada ácida!

A FUBRAPE

Pessoal da FUBRAPE fazendo pose pra foto!


Emir Ribeiro escreve tudo buscando uma história séria, com temas sérios e personagens verossímeis - mas falha ridiculamente. Porque, primeiro, ninguém leva a sério uma loura de 2,10m de altura que solta raios pelos olhos, pelas tetas e pelo cu. Isso mesmo, pelo cu! Velta tem esse poder, confirmado por Emir Ribeiro em entrevista:

9) Velta emite raios pela vagina ?
R) Sim. Qualquer parte de seu corpo emite rajadas. Porém, os raios saem mais fortes pelas parte que possuem pontas, como dedos de mãos e pés e mamilos. E em termos de precisão em atingir o alvo, os que saem pelos olhos são imbatíveis.


Juro para vocês que procurei tal cena na internet (mesmo porque não vou dar meu suado dinheiro para o E.R.) mas não encontrei. Pena.

Emir Ribeiro afirma que "Velta é baseado na mulher brasileira", mas parece desconhecer o país que vive. Pois ele colocou neve nas montanhas da Paraíaba, como pode ser visto aqui:
Photobucket
Reparem nas montanhas nevadas!

Sério. Neve nas montanhas da Paraíba. Ainda se fosse os altiplanos Andinos - mas não.

E olha que ele escreve a história de um chefe índio, o Itabira - que ele afirma cair de boca nos estudos do Brasil colonial e panz para escrever "boas histórias".

Mas aí eu vejo o Índio sarado...

Itabira
Índio quer apito, se não der pau vai comer!


Itabira, índio sarado com peitoral definido! Igual a todos os índios do Brasil!

Índios iguais a este:
Márcio Garcia
Márcio Garcia, como Peri no filme-bomba O Guarani (1996).

Será que Peri é da tribo do Itabira? Pelo menos o peitoral é parecido. Talvez o pessoal que fez o filme "O Guarani" tenham lido um exemplar de Itabira e levaram a sério, vai saber né?

Emir Ribeiro, acreditem se quiser, já trabalhou nos EUA que ele tanto esbraveja contra em seus textos panfletários no CQB, como um "desenhista fantasma" do Mike Deodato. Desenhou pro Mike Deodato, trabalhou pro Mike Deodato e quem levou os tubos foi - Mike Deodato. Normal - desde que se tratasse de um iniciante em começo de carreira e não um veterano sexagenário como Emir.

Mas essa doideira não durou muito - Emir Ribeiro teve problema com prazos e demais exigências de profissional sério e o pessoal lá fora não curtiu muito suas histórias (porque será?) e ele voltou de mala e cuia pro Brasil, voltando a seu mundinho de publicações quinquenais.

Também já fez dando curso de desenho em uma publicação, "ensinando" a desenhar... mulheres.

Curso de Desenho
Confere só! Emir e sua louraça!

Eu poderia continuar mais, mas tem tanta coisa ruim que vou parar aqui mesmo. Se quiser conferir mais, segue os links:

http://tito.augusto.nafoto.net/photo20070330112104.html - Histórias da Velta
http://velta.blig.ig.com.br/ - Blog velho da Velta
http://www.baudejogos.net/colunas.php?id=38 - Resenha da Velta feita pelo Baú de Jogos, onde consegui muitas fontes para o meu trabalho.

Logo logo teremos mais, Até!